O projeto propõe um conceito pedagógico próprio para integrar-se ao Programa Cultura Viva, chamado CAVUCULTURA (cultura integral). Tal pedagogia provém da experiência e dos ofícios, oralidades, artes e ambiências vividas durante dois anos no Centro de Cultura Integral Chácara da Arte. Simultaneamente a essa experiência na “Chácara” o conceito era também desenvolvido nos trabalhos da Associação Projeto Presente (Serra do Cipó). Pela Rede Catitu Cultural que, atualmente, executa um projeto relacionado à pedagogia cavuca através do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte e é executada nos centros culturais da zona norte da cidade. Esta nominação (cavucultura ou cavuco) é ainda usada por agentes do NESTH(UFMG) e pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Educação Social (IBDES) e desde sempre é uma palavra que ressoa nas grotas do Espinhaço.
O termo CAVUCO remete a ‘cavoucar’, indicando a gênese dos fluxos nômades dos povos e dos territórios em movimento, que fixaram registros na Cordilheira do Espinhaço. Por toda a área da cordilheira o termo é usado para indicar várias ações. Aproximação etimológica nos indica a proximidade com caverna, gruta e seus habitantes intraterrenos, paleolíticos ou ainda com a atividade da mineraria, fortíssima nesta área: cavoucar, fazer buraco, mina ou abrir cova para onde escorre a água e ainda a palavra reconta a uma primitiva ressonância fonética indígena: cawuca. Daí surge o ser Cavuco, pluriétnico e semovente, transitando por essa região desde tempos históricos.
Nossa proposta metodológica consiste, então, na construção coletiva dos processos culturais e passa tanto pela arte quanto pela ação cultural, estética, educacional e política. Tem caráter multiplicitário e reconhece a inestimável pluralidade embutida no homem contemporâneo e não se restringe a uma única matriz étnica ou cultural. Ao contrário reconhece a diversidade cultural e a relaciona com a diversidade dos espaços (territórios) de ocupação humana. Assim como a cultura de um povo está intimamente ligada ao lugar onde ele habita, suas manifestações de cultura e arte estão intimamente ligadas às atividades laborais que o povo exerce nessa região.
O que quer dizer que, ao mesmo tempo em que o avô ensina ao neto a lida com a enxada na roça, ensina sobre os astros e os períodos da colheita, sobre os costumes dos antepassados, ensina os cantos e os ritos de capina. Na pedagogia cavuca não há diferença entre construir um jardim e pintar um quadro ou esculpir uma forma. O rastelo que varre as folhas são as pinceladas do (pincel) do pintor. O arado que cria vincos na terra é como a ferramenta do escultor.
Nesta metodologia há um grande afeto com o itinerante, o ser movente, o andante, de forma que prevê o suporte de um dispositivo móvel, equipe de técnicos (tuxáuas cavucos), que transitará por todos os pontos conectados, constituindo-se em um instrumento efetivo de intercâmbio e trocas de experiências. O homem, desde tempos imemoriais é guiado por ciclos (ciclo da lua, das estações, da migração dos animais) e esteve, em suas andanças pelo território, guiado por elementos naturais (os astros, as formações rochosas, o curso dos rios). É nosso objetivo metodológico resgatar e valorizar essa íntima relação do homem com o ambiente em que ele vive, com essa cultura ancestral de relação com a terra.
O termo CAVUCO remete a ‘cavoucar’, indicando a gênese dos fluxos nômades dos povos e dos territórios em movimento, que fixaram registros na Cordilheira do Espinhaço. Por toda a área da cordilheira o termo é usado para indicar várias ações. Aproximação etimológica nos indica a proximidade com caverna, gruta e seus habitantes intraterrenos, paleolíticos ou ainda com a atividade da mineraria, fortíssima nesta área: cavoucar, fazer buraco, mina ou abrir cova para onde escorre a água e ainda a palavra reconta a uma primitiva ressonância fonética indígena: cawuca. Daí surge o ser Cavuco, pluriétnico e semovente, transitando por essa região desde tempos históricos.
Nossa proposta metodológica consiste, então, na construção coletiva dos processos culturais e passa tanto pela arte quanto pela ação cultural, estética, educacional e política. Tem caráter multiplicitário e reconhece a inestimável pluralidade embutida no homem contemporâneo e não se restringe a uma única matriz étnica ou cultural. Ao contrário reconhece a diversidade cultural e a relaciona com a diversidade dos espaços (territórios) de ocupação humana. Assim como a cultura de um povo está intimamente ligada ao lugar onde ele habita, suas manifestações de cultura e arte estão intimamente ligadas às atividades laborais que o povo exerce nessa região.
O que quer dizer que, ao mesmo tempo em que o avô ensina ao neto a lida com a enxada na roça, ensina sobre os astros e os períodos da colheita, sobre os costumes dos antepassados, ensina os cantos e os ritos de capina. Na pedagogia cavuca não há diferença entre construir um jardim e pintar um quadro ou esculpir uma forma. O rastelo que varre as folhas são as pinceladas do (pincel) do pintor. O arado que cria vincos na terra é como a ferramenta do escultor.
Nesta metodologia há um grande afeto com o itinerante, o ser movente, o andante, de forma que prevê o suporte de um dispositivo móvel, equipe de técnicos (tuxáuas cavucos), que transitará por todos os pontos conectados, constituindo-se em um instrumento efetivo de intercâmbio e trocas de experiências. O homem, desde tempos imemoriais é guiado por ciclos (ciclo da lua, das estações, da migração dos animais) e esteve, em suas andanças pelo território, guiado por elementos naturais (os astros, as formações rochosas, o curso dos rios). É nosso objetivo metodológico resgatar e valorizar essa íntima relação do homem com o ambiente em que ele vive, com essa cultura ancestral de relação com a terra.
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