A jornada tuxaua pela cordilheira do espinhaço realizada pela chacaravana vai acontecendo como nossa própria descoberta do mundo, feita e refeita como nossas próprias duvidas e inquietações. Tudo que planejamentos tem um valor de confirmação, mas os encontros que acontecem nos lugares, estes tem um cheiro especial. A acolhida da equipe com quem foi combinado permanece como dádiva, mas esses encontros são como dádivas surpresa.
Subindo pela cordilheira encontramos desde pessoas visionarias que reconhecem o potencial de suas comunidades como outros que não vêem outro futuro a não ser partir. E nos vamos forjando nossa reconstituição, o poeta, o remanescente que realimenta raízes e se reencontra em cada paragem.
A cura para alguns vem como lufadas de ar que abastecem os pulmões para outros um remédio amargo que sabemos da necessidade. Trabalhar esta tolerância com o tempo de aprendizado e desconstrução de cada um é desafio a ser cumprido.
Ver as crianças da equipe lentamente se livrando das imagens da tv, fazendo com as câmeras na mao seu próprio registro.
Sobre a experiência de Tapera
Com uma hora de atraso devido a chuva repentina e a caminhada da manhã guiados pelos adolescentes locais que se mostraram muito ligados na oportunidade de valorização da comunidade, iniciamos na porta do ponto de cultura tapera real nossa tarde de brincadeiras que começou com um roda de crianças cantando, dançando e brincando as canções que trazemos conosco , em seguida , com o retorno da chuva, entramos para o pequeno galpão, mais de 80 pessoas e demos inicio a nossa roda de teatro, uma narração improvisada sendo encenada por nossos atores, tendo ainda, de surpresa, um jovem amador local , que entrou na roda como protagonista e se integrou ao jogo dramatúrgico proposto.
Narrador indica o quadro e controla algum branco dos atores e atores que improvisam ações e falas de cada quadro. Alguns espectadores riam histericamente, efusivamente, conhecendo junto com os próprios atores o enredo da historia. Ver um ator local entrar na roda foi como a máxima de espelhamento vivenciado naquele momento pelos espectadores locais. Nós confirmamos mais uma vez nossa vocação e eles conhecerem outra possibilidade de se divertirem livremente com o teatro. Mesmo este amigo, Abel , já um ator amador, se encantava com a possibilidade da cena fora do roteiro, fora do texto...fora da tv.
Narrador indica o quadro e controla algum branco dos atores e atores que improvisam ações e falas de cada quadro. Alguns espectadores riam histericamente, efusivamente, conhecendo junto com os próprios atores o enredo da historia. Ver um ator local entrar na roda foi como a máxima de espelhamento vivenciado naquele momento pelos espectadores locais. Nós confirmamos mais uma vez nossa vocação e eles conhecerem outra possibilidade de se divertirem livremente com o teatro. Mesmo este amigo, Abel , já um ator amador, se encantava com a possibilidade da cena fora do roteiro, fora do texto...fora da tv.
Januaria 09 de Janeiro de 2011
Por: Thiago Araujo